sábado, 29 de janeiro de 2011

Vulnerável


Como esses seus olhos podem fazer toda essa magia acontecer,eles penetram em mim e me vasculham por inteira,me fazem estremecer com tal procura ,e me permito.Permito deixar levar junto com eles parte daquele amor doido,mas não por completo.A lágrima estanca e fica lá parada,fazendo meus olhos brilharem quando te veem.Não suportando minhas pálpebras caem como por vergonha de ter permito tal invasão.Mas bate aquela saudade e quando o olhar volta estão lá seus olhos me olhando e me fazendo perder total controle de todo resto,que sorri que mexe no cabelo,que para de escutar qualquer outra coisa que não seja teu silencio.Se seus olhos permitissem que eu te adentrasse também.E depois tu e teu olhar partem ,me jogando de volta a realidade ,e do brilho estancado nos olhos se faz lágrima que desce, por te perder,por não te entender.

Bárbara Adline

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quebre.


Vamos brindar a vida,mesmo que meu copo no momento esteja meio trincado.Se quebrar pelo menos sei que tentei.Não faz meu tipo ficar por muito tempo vivendo no drama ,não nasci com cara de vitima.Quero dar minha cara a tapa correr os riscos .Até mesmo se o copo quebrar e meu sangue escorrer,só vai fazer me lembrar que estou viva.Porque se sinto dor ,se me machuco se quebro a cara é porque eu preciso evoluir ,me reerguer.
Quero poder respirar por um minuto sem ficar com medo de ver você em algum pensamento perdido.Quero logo terminar de contar essa história e gritar logo minha dor pra todos que possam ouvir ,que eu cansei.Cansei de ficar procurando desculpas ,musicas,poemas e qualquer outra coisa que me faça alimentar esse sentimento de amor reciproco que meu coração fica inventando.Quem sabe assim todos logo se cansem de me ouvir,e melhor ,eu me canse de contar, de sentir
.UM brinde.

Bárbara Adline

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Passado .Presente.Futuro?


Olhando na janela,me deparo com uma lembrança,de tudo o que fomos ,e suspiro feliz.Feliz porque aquela dor passou,saiu ,virou só algum tipo de lágrima atado a lembrança,mas lágrima não dói só liberta,e fico grata.Confesso que foi difícil me libertar de tudo isso.Não se pode libertar inteiramente de algo enquanto for verdade,e como era verdade.E por ser verdade é que as vezes me deparo com você,em alguma foto,em algum sonho.Mas você não é mais o principal,aparece lá no fundo,sem muito peso na história,apenas faz parte inevitavelmente do que sou,até meus sonhos resolveram me obedecer.Agora você faz parte do meu passado,mesmo sabendo que hoje é o passado de amanha.E assim será sempre.

Bárbara Adline